À medida que o final do ano se aproxima, costumo não mandar cartões de Natal com frases já conhecidas ou batidas, e que não saíram de minha mente ou coração. Prefiro escrever um artigo para pessoas especiais como você, leitor e amigo. Quero começar desejando um iluminado, feliz e maravilhoso Natal para você e toda sua família. Mas dessa vez não vou desejar um feliz ano novo, pois prefiro pensar ao contrário e desejar um feliz ano velho. Não entendeu? Permita-me explicar…
De onde vem a imagem que você assiste em sua televisão? Certamente, ela é reproduzida nos circuitos eletrônicos dentro do aparelho, mas vem de algum lugar do globo terrestre, seja por cabo ou antena. Quando visualizo uma imagem em HD (alta definição), que chega ao aparelho diretamente do satélite, recordo-me da época que eu precisava subir no telhado, virar a antena para lá e para cá, ajustar uma sintonia fina no aparelho antigo e ainda colocar Bombril na antena interna da TV preto e branco.
De onde vêm as músicas que ouvimos nas rádios? De mesmo modo, os circuitos dos rádios apenas reproduzem uma programação que está sendo gerada metros ou quilômetros de distância. Mais uma vez essa programação foi gerada e transmitida pelo ar de algum lugar. Atualmente, as pessoas nem mais ouvem rádios em aparelhos, pois muitas delas já estão transmitindo pela Internet. O que aprendemos com isso? O que tem a ver televisão ou rádio com final de ano?
Em primeiro lugar, estamos falando de algo que foi gerado em algum lugar distante e reproduzido em nossa vida através de aparelhos eletrônicos. Se ninguém filmasse algo novo, não teríamos programação nova em nossa televisão. Se ninguém produzisse músicas novas, ouviríamos sempre as mesmas músicas em nossa rádio. Ou seja, se você quer uma programação nova no ano que se aproxima, precisa gerá-la antes em algum lugar, a fim de reproduzi-la. A palavra importante aqui éGERAÇÃO!
Quantas vezes já vivemos algo que nos parecia conhecido ou esperado? Quantas vezes já conseguimos alcançar algo que queríamos muito para nossa vida? Certamente, em algum lugar de nossa mente, pensamos sobre aquilo que queríamos para nossa vida e vimos esse pensamento materializado dias, meses ou anos depois. Não importa aqui o tempo que levou, mas que geramos um evento em nossa mente antes de vivê-lo.
Em segundo lugar, precisamos falar de conexão. No passado, o Bombril facilitava a conexão entre minha televisão telefunken e a estação repetidora de televisão. Se não temos conexão pelo ar, pelo cabo ou pela Internet, não desfrutaremos do que é gerado e transmitido. Pouco importa geração se não temos transmissão. Por mais que a energia seja gerada numa hidrelétrica, precisamos de cabos para transmiti-la até nossa tomada da parede. Do mesmo modo, precisamos de tubulação para trazer água dos lagos e represas até nossas casas para que possamos desfrutá-la.
Então, chegamos à segunda palavra de ordem: CONEXÃO. Precisamos urgentemente criar uma ponte entre o que geramos em nossa mente (desejos, sonhos, expectativas, planos…) e o que conseguiremos desfrutar em nossa vida. As pessoas desejam muitas coisas boas nos finais de ano (geração), mas não conseguem alcançá-las porque perdem a conexão de algum modo com aquilo que desejam. E a rotina é a tesoura que corta todas as nossas conexões com o que desejamos de diferente para nossa vida. E não existem lâminas mais afiadas do que os hábitos que nos prendem onde estamos.
Em terceiro lugar, aprendi que quanto mais longe da fonte mais difícil e custoso será para nós captar uma estação de televisão, rádio, eletricidade ou água, caso precisemos. Se você mora na cidade e já passou alguns dias numa área rural isolada pode ter sofrido uma crise de abstinência de internet, eletricidade, televisão, rádio e até mesmo de água potável. Daí a importância de estar próximo daquilo que queremos desfrutar. A última palavra-chave é PROXIMIDADE.
Se você escreve seus desejos e planos para o próximo ano e os coloca em alguma gaveta a ponto de se esquecer deles, termina por se distanciar demais e não conseguir a conexão necessária para realizá-los. Então, qual é o lugar mais próximo que você tem, o melhor lugar para se gerar e, principalmente, o lugar mais fácil para se criar conexões rápidas e poderosas? Pense mais um pouco! Esse lugar está entre suas orelhas, amigo! Sim… Isso mesmo. Sua mente! E vale também para pessoas. Quanto mais próximo de pessoas positivas, mais próximo você estará de energia positiva.
O que desejo para seu próximo ano não é um ano novo, no sentido de acontecer somente coisas que você não esperava. Não desejo a você um ano totalmente entregue ao acaso. Desejo que você tenha, sim, um ano conhecido, um ano familiar, um ano planejado, enfim, um ano previsto em sua mente. O filósofo alemão Arthur Schopenhauer disse: “O destino baralha as cartas, mas nós as jogamos”. A melhor forma de prever um ano é pensar no que você quer alcançar de positivo, realizável e que esteja ao seu controle, para esse ano. Jogue as cartas certas!
Fico aqui pensando se você conseguiria parar alguns minutos nesse final de ano para pensar ao seu tempo e ao seu conforto, naquilo que deseja ver, ouvir, sentir, saborear, tocar, enfim, vivenciar no ano que se aproxima. Você seria capaz não só de gerar, mas transmitir todos os dias, sentimentos positivos que alimentaria seus novos dias? Afinal, você não poderá ter novos e positivos dias com velhos e negativos sentimentos.
Sinceramente, desejo que você consiga não só pensar, sentir, mas também desejar profundamente trabalhar a cada futuro dia para se aproximar de seus desejos. Ação e nada mais do que ação é o poder capaz de fazer você realizar e desfrutar o que tanto deseja. Desejo um FELIZ ANO VELHO! Que ele não seja tão novo assim. Que ele seja aquele velho ano que você tanto já desejou na sua vida e ainda não realizou. Agora chegou sua vez de gerá-lo e transmiti-lo de sua mente para sua vida.Não aposentemos velhos desejos. Apresentemos velhos sonhos aos novos dias!
Vamos ser felizes!
18/12/2012